Marinho sugere preços populares nos estádios para resgatar o torcedor


Durante reunião da Comissão Mista que trata a Medida Provisória 671/2015, conhecida como MP do Futebol, o presidente da Comissão do Esporte na Câmara, deputado Márcio Marinho (PRB-BA), sugeriu a adoção de ingressos populares a cinco reais para os jogos de futebol. O republicano defende que os clubes que adotarem a proposta tenham descontos na renegociação das dívidas com a União.

Para Marinho, a redução do público está diretamente relacionada ao preço dos ingressos. "Alguns campeonatos brasileiros estão 'elitizando' o esporte e excluindo o torcedor de menor poder aquisitivo, que tem o futebol como o único lazer. O ingresso popular poderá resgatar a participação do torcedor que deixou de frequentar os estádios após as reformas das arenas para a Copa do Mundo de 2014", afirmou.

O republicano considera temerosa a relação entre os preços dos ingressos e a exclusão da classe menos favorecida. Segundo ele, as federações precisam encontrar soluções para resgatar o torcedor e encher as arenas, cobrando preços acessíveis. "Queremos que nossa proposta seja incluída no relatório da MP 671. O trabalhador vem perdendo essa oportunidade e deixando de ir ao estádio torcer pelo clube dele, em um esporte que é considerado como cultura popular para o brasileiro”, argumenta.

Ainda de acordo com o deputado, o governo tem seu posicionamento com relação a MP do Futebol e o encaminhou para o Congresso porque estava preocupado com a dívida dos clubes. "Há um clamor da opinião pública neste momento delicado, que envolve dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Internacional de Futebol (Fifa)”, afirma Marinho.

O relatório final será apresentado pelo deputado Otávio Leite, na próxima semana. A proposta tem 50 diretrizes para mudar a gestão do esporte, mas está aberta para sugestão dos parlamentares e da sociedade civil. Segundo ele, a MP estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte. "O texto prevê ainda que, no máximo, 70% da receita bruta dos clubes deverão ser utilizados com gastos do futebol profissional. “Este limite cria a margem de 30% para que o parcelamento da dívida com a União seja cumprida”, disse Otávio Leite.

Texto: Ascom Deputado Márcio Marinho
Edição: Ascom – Liderança do PRB

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