Em audiência pública, Tia Eron debate com militares o desenvolvimento científico e tecnológico das Forças Armadas


“O conhecimento precisa ser transformado em riqueza”. A afirmação é da deputada Tia Eron (PRB/BA) durante audiência pública, nesta terça (26), na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados. O encontro, de iniciativa da parlamentar, por meio do requerimento 23/2015, contou com a presença do coordenador Nacional do PRB Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação, Mário Mendes Júnior, e representantes das Forças Armadas para debater como a ciência e a tecnologia podem impulsionar o desenvolvimento do país.

A republicana acredita que a forma mais inteligente de superar a crise que o Brasil enfrenta é por meio do conhecimento. "Essa é a hora de reinventar e inovar, unir os ganhos intelectuais às necessidades de mercado”, argumenta Tia Eron. Na avaliação da deputada, debater o tema com quem tem excelência em pesquisa e tecnologia é a maneira mais lógica de entender as necessidades do setor e promover seu desenvolvimento. “É ouvindo quem detém o conhecimento que o Congresso pode elaborar as leis para impulsionar o progresso da nação”, complementa a deputada.

O major-brigadeiro do Ar, Wander Almodovar Golfetto, citou algumas das dificuldades enfrentadas pelos centros militares como o descompasso entre o número de profissionais admitidos por meio de concursos públicos e a quantidade daqueles que pedem demissão ou se aposentam. Wander falou, ainda, da falta de investimentos em equipamentos tecnológicos e da necessidade de financiamento para projetos de longo prazo. “Para conseguir resultados, é essencial desenvolver um planejamento contínuo com investimentos em infraestrutura e pessoal. Esse tipo de prática é vital para o crescimento de um país”, argumenta o major, que é vice-diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.

Segundo ele, mesmo ocupando posição relevante no contexto mundial, o Brasil tem o crescimento prejudicado, em virtude do atraso tecnológico e do déficit em inovação. “Somos a sétima economia do mundo e ocupamos o 11º lugar em produção acadêmica. No entanto, estamos à margem da inovação. Precisamos de condições para nos desenvolver”, justifica Wander.

Narcélio Ramos Ribeiro, coronel da reserva da Força Aérea Brasileira e empresário da base tecnológica, destacou que a Embraer é a terceira maior empresa fabricante de aviões do mundo, perdendo apenas para a Boeing (americana) e AirBus (europeia). Para enfatizar o potencial da pesquisa e tecnologia nacional, ele ressaltou o desempenho da empresa brasileira. “Em apenas três anos de privatização da Embraer, realizada 1996, foram geradas riquezas suficientes para financiar 900 anos de despesas do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica)”, argumentou o coronel.

Também estiveram presentes à audiência Pública, representando o Ministro de Estado e Defesa, o diretor do Instituto de Estudos do Mar almirante Paulo Moreira (IEAPM), Oscar Moreira da Silva e o vice-chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), general Rodrigo Ballousier Ratton.

Por Fernanda Cunha (Ascom Liderança do PRB)
Fotos: Douglas Gomes

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