Pesquisa sobre ‘rolezinhos’ em São Paulo revela que não se trata de luta de classes ou de raças, avalia Bulhões

De Brasília - O deputado republicano Antonio Bulhões (PRB/SP) comentou, na tarde desta terça-feira (18), o resultado da pesquisa Datafolha sobre o perfil dos jovens que participaram dos ‘rolezinhos’. “Bastou o Datafolha divulgar a pesquisa de opinião, para que os afoitos ideólogos bem-pensantes guardarem as suas ideologias de luta de classe ou de raça no fundo do baú”, ponderou Bulhões.

“O Datafolha apurou que 82% dos paulistanos desaprovam o ajuntamento de centenas de jovens nos shoppings. Quando a pesquisa é separada por classe social, os resultados frustram os ideólogos. Nada menos do que 87% da população, com ganhos de 2 a 5 salários mínimos, desaprovam os rolezinhos. Para 77% dos entrevistados, os rolezinhos não passam de tumulto e 73% acha que a polícia deve agir para impedir o tumulto”, explica.

Segundo o parlamentar, a matéria publicada pela revista Veja sobre um dos organizadores dos ‘rolezinhos’, em São Paulo, também ajuda a revelar o perfil do jovem que se interessa por esse tipo de evento. “Na entrevista, diz ele, que não pensou em programar nenhum ‘rolezinho’ para afrontar os shoppings dos bairros ricos. Ele levaria muito tempo de condução para chegar até lá; depois, as mercadorias são mais caras do que as vendidas nos shoppings da zona leste e principalmente porque ninguém lá o reconheceria. Ele não pensava em luta de classe. O que o motivava era hedonismo. A busca do prazer pela fama alcançada e pela oportunidade de usar uma roupa da moda”.

Para Bulhões, o fato de que somente 8% dos entrevistados da Zona Leste da capital paulista, região com maior concentração de pobres e de negros, apoiarem os rolezinhos nos shoppings, comprovam os adolescentes não dimensionaram o perigo que a iniciativa deles poderia causar e não esperavam que uma simples brincadeira pudesse causar tanta repercussão.

Por Mônica Donato
Imagem: divulgação 

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