A imprensa e os black blocs: Bulhões lamenta morte de cinegrafista e condena ideologia

“A responsabilidade precisa retornar às redações e assumirem que são o quarto poder para defender a ordem. Do contrário, se a turba despertar, a imprensa será a primeira vítima, como a história do século XX mostra”. Essa afirmação foi feita pelo deputado republicano Antonio Bulhões (PRB/SP), na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (12), ao lamentar a morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade.

Na avaliação do parlamentar, a imprensa devia dar mais atenção ao que os conservadores costumam defender. “Somos muito céticos em relação às ideologias. Preferimos os valores e os costumes à arrogância racionalista de buscar uma nova ordem social a partir dela. Não precisávamos ser gênio para ver o óbvio, depois dos ônibus incendiados, bancos destruídos e lojas saqueadas. A próxima vítima seria a vida de alguém, justamente alguém com poder de alertar as pessoas a permanecerem cidadãos e não se transformarem em um homem-massa”.

Para Bulhões, a sociedade levará muito tempo com insegurança para refazer a ordem social que já está gasta, com a recorrente violência social e política dos anarquistas Black Blocs. “Os destruidores dos costumes demolem mais do que suspeitam, ou desejam. O único rapaz preso até agora disse que apenas entregou o foguete pirotécnico para outro que acendeu o pavio. É uma pessoa de classe média e a reportagem destaca que era pacato até se transformar em um anarquista dos black blocs”, afirmou.

Bulhões disse, ainda, que o impulso da multidão pode ser cruel, ou claudicante, mas sempre será tão imperioso que o interesse da própria conservação desaparecerá diante dele. “Esperamos que agora a razão volte aos jornais, porque das multidões não se pode esperar prudência e razoabilidade”, finalizou o deputado.

Por Mônica Donato
Imagem: R7



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