George Hilton avalia 2013 como o ano de grandes avanços no Parlamento

Líder atribui aos deputados do PRB o sucesso de sua liderança e compartilha com a Bancada a avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff, quanto ao desempenho do Partido Republicano Brasileiro no cenário político de 2013.

Dilma Rousseff reconhece o bom trabalho do PRB 

Por Mônica Donato 

O deputado republicano George Hilton (PRB/MG) comandou a Liderança do PRB na Câmara dos Deputados, no ano de 2013. O parlamentar se dividiu entre os compromissos nas votações do Plenário e nas deliberações das comissões, nos eventos municipais no Estado de Minas Gerais e nas convenções do partido realizadas em todos os estados do Brasil. Membro da Comissão de Educação, George Hilton foi destaque na discussão sobre métodos de alfabetização no Brasil. Também é o articulador e presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Roubo de Cargas. Em entrevista ao blog da Liderança 10, o parlamentar fez um balanço das principais conquistas da Bancada do PRB sob sua liderança.

1. Como o senhor analisa o ano de 2013?

O ano de 2013 foi produtivo e de grandes inovações dentro da Casa. Nos últimos dois anos, a relação entre Parlamento e Executivo estava muito distante, mas, nos últimos meses, a presidente da República reuniu-se quase que semanalmente com os líderes da Base e os presidentes dos partidos. Isso contribuiu muito para, de forma sinérgica, entender a posição do governo e saber como nós poderíamos avançar aprovando projetos de interesse da população no Congresso Nacional.

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2. Quais as principais votações realizadas no Plenário da Câmara?

Considero a votação da MP dos Portos como um importante avanço, pois o texto aprovado pode contribuir para o destravamento da economia e do setor produtivo. Outra votação esperada que obteve sucesso foi a destinação dos royalties do petróleo para Educação e Saúde, motivo de várias das manifestações ocorridas em junho. A aprovação do Programa Mais Médicos também foi crucial para minimizar o problema da falta de médicos nos municípios mais longínquos do país. Tudo isso mostrou que, no momento em que o Governo dialoga com o Parlamento e este está em sintonia com a sociedade, é possível fazer com que o Executivo e o Legislativo avancem.

3. Quais as ações da Bancada que o senhor destaca como mais importantes?

O ditado português que diz “é nos pequenos frascos que estão os grandes perfumes” pode definir bem a bancada do PRB hoje: é relativamente pequena em relação a de outros partidos, mas é muito atuante. Os dez deputados, cada um na sua área, trabalharam muito em diversas frentes. Destacaria o trabalho do deputado Vítor Paulo na defesa dos Idosos, promovendo sessões solenes e audiências públicas sobre o tema na Casa, sempre enfatizando a necessidade de politicas públicas que atendam as pessoas da terceira idade. O deputado Popó investiu muito na defesa do Esporte, destacando o potencial dessa área para barrar a entrada dos jovens no terrível universo das drogas. O deputado Antonio Bulhões aprovou vários projetos de sua autoria e de forte cunho social nas comissões. Márcio Marinho atuou de maneira louvável na Comissão de Agricultura, sobretudo na defesa do setor cacaueiro que não se restringe apenas ao Estado da Bahia. Otoniel Lima, grande entusiasta da PEC 300 e de melhorias para as carreiras policiais, foi partícipe ativo da discussão sobre os desafios da Segurança Pública no Parlamento. Cleber Verde, legítimo representante dos pescadores e garimpeiros, também é autor do projeto que prevê a Desaposentação, possibilitando que os aposentados voltem a contribuir para se aposentarem novamente com o salário atualizado. Jhonatan de Jesus, médico por formação, foi um dos mais atuantes na luta por mais recursos para a Saúde, sobretudo para a região Norte do país. Destaco, ainda, que nossa comunicação avançou muito, pois por meio das redes sociais, a bancada divulgou diuturnamente suas ações, tanto no Parlamento, quanto nos Estados, e esteve em contato com a sociedade nos municípios de suas bases. A bancada também recebeu os deputados César Halum e Beto Mansur, que se integraram rapidamente ao grupo, somaram muito e mostraram total sintonia com os ideais republicanos.
Bancada 10 reunida com o presidente Marcos Pereira 

4. O Congresso Nacional aprovou alguns projetos que foram considerados pela imprensa como “medidas moralizadoras” para resgatar o respeito ao Parlamento. Como o senhor avalia essa afirmação?

Dos três poderes da República, considero o Parlamento o mais transparente. Acredito que algumas medidas aprovadas neste ano irão contribuir para resgatar a confiança dos eleitores nos deputados que aqui estão. A extinção dos 14º e 15º salários e o fim do Voto Secreto para cassação de mandatos e vetos presidenciais, tornam o processo legislativo ainda mais aberto e mais claro. Ainda temos muito que avançar, mas, no balanço geral, creio, a Câmara avançou muito sob a presidência do deputado Henrique Eduardo Alves, que soube se comportar de maneira exemplar nas decisões mais difíceis que enfrentou ao longo do ano.

5. Como a BASE do Governo se comportou nas votações?

A Constituição diz que os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) são autônomos e harmônicos entre si. Por mais que um parlamentar seja da base de sustentação do Governo, ele deve ter autonomia e é isso que o exercício da democracia espera dele. Se o Parlamento se torna um Poder subserviente, o povo perde. O PRB, em alguns momentos, votou contra a orientação do Governo por entender que as matérias iam contra os interesses da sociedade ou postergavam necessidades vitais e urgentes. Nesse aspecto, penso que o parlamentar deve ter a consciência de que aqui não é a Casa do Governo, e, sim, a Casa do Povo.

6. O PRB é um partido em plena ascensão, que tem na Bancada deputados Ficha LIMPA. Isso fez a diferença no seu trabalho de líder?

Quem dá sustentação ao mandato do líder é a Bancada. Recebi uma avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff no que diz respeito à minha condução junto aos parlamentares e compartilho com cada um deles a homenagem. Acredito que nada disso seria possível se não tivéssemos parlamentares comprometidos com a coisa pública e que fossem, também, ficha limpa. Durante todo o ano, não fui questionado nenhuma vez pela imprensa para falar sobre a conduta dos parlamentares do PRB. Isso nos orgulha e nos deixa com a sensação do dever cumprido.

Foto: Douglas Gomes 

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