Bulhões aposta no Marco Civil da Internet para ajudar a solucionar crimes de pedofilia

Foto: André Oliveira / Agência Câmara
“Não podemos poupar esforços para coibir a ação de pedófilos no Brasil, permanecendo vigilantes em todas as áreas onde esses crimes costumam acontecer, como é o caso das redes de computadores”, afirmou o deputado Antonio Bulhões ao discutir o Marco Civil da Internet, que está sendo analisado na Câmara dos Deputados.

De acordo com o deputado, um dos desafios do marco deve ser o de garantir meios para que as informações de navegação sejam guardadas pelos provedores de internet por um tempo mínimo, de modo que os dados dos usuários possam ser disponibilizados às autoridades que investigam crimes e denúncias de pedofilia. “Crianças abusadas serão adultos instáveis emocionalmente, muitas vezes incapazes de formar suas próprias famílias ou de encontrar, no trabalho e nos relacionamentos amorosos, satisfação e tranquilidade para lutar por seus ideais. Devemos intensificar o combate à prostituição infantil também na internet”, comentou.

O deputado lembrou que as vítimas de pedofilia desenvolvem transtornos psicológicos que afetam diretamente sua identidade e podem produzir desde baixa autoestima até síndromes de insegurança. “A depender da intensidade do conflito vivido pela criança, as reações podem variar de síndrome do pânico e incapacidade de adaptação social a reações violentas ou depressivas, capazes de conduzir até mesmo ao suicídio”, alertou.

Bulhões destacou, ainda, que os conflitos psicológicos que levam um adulto a se interessar sexualmente por crianças é um problema sério de saúde pública, que precisa ser compreendido em profundidade. “A Organização Mundial da Saúde classifica pedofilia como um desvio sexual, uma doença que precisa ser tratada e que pode causar enormes prejuízos para as crianças molestadas. Esse tipo de violência muitas vezes é praticado por um membro da família ou por pessoas próximas que se aproveitam da confiança da criança para agir de forma covarde”, acrescentou.

Texto: Mônica Donato

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