Maioridade penal: o exemplo e a dor educam para a sobrevivência, defende Bulhões

Deputado Antonio Bulhões PRB/SP
“Mais uma vez, uma ação fria e cruel tirou a vida de um jovem em São Paulo, que já havia entregado o objeto do roubo ao bandido. As câmaras de segurança não deixaram dúvidas da maldade”, lamentou o deputado Antonio Bulhões (PRB/SP) ao proferir discurso sobre a maioridade penal no Brasil.

Na avaliação do parlamentar, para trazer de volta a ordem da civilização, temos que repensar o assunto. “Uma pessoa de 16 anos hoje, depois de tanto avanço educacional, não pode ser considerada uma alienada que não entende o que pode e o que não pode fazer. Mesmo a criança sabe que não pode fazer alguma coisa quando percebe que a mãe vai reagir. Da mesma forma, o jovem de 14 ou 16 anos pensará muitas vezes antes de cometer um crime se souber que ficará trancafiado muito tempo na cadeia”, defendeu Bulhões.

Para o parlamentar, a educação moral se transmite pelo exemplo. “Se famílias já não possuem a força moral para educarem os filhos, o Estado de Direito não pode se omitir e deixar o Estado de Natureza impulsionar os instintos mais cruéis. O grande filósofo inglês Thomas Hobbes alertara há quase 500 anos: quando o Estado não funciona, o homem se transforma no lobo do homem”, alertou.

Ao finalizar seu pronunciamento, Bulhões lembrou que ação e reação são atitudes instintivas nos animais. “Se uma criança põe o dedo em uma tomada e ela ainda não usa o córtex pré-frontal, por que então ela não repete a ação? Ela não repete, porque o exemplo e a dor educam para a sobrevivência”, concluiu.

Texto: Mônica Donato
Foto: Gustavo Lima

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