Bulhões cobra respeito aos professores no País




O líder do PRB na Câmara, Antônio Bulhões aproveitou a passagem do Dia dos Professores para cobrar o reconhecimento e respeito a essa categoria, que não pode ficar restrito a homenagens no calendário, mas , principalmente, deve ser feito estabelecendo-se um política de valorização profissional que inclua reajuste salariais “Os baixos salários pagos aos professores tornam a profissão pouco atrativa. Com isso muitos estão abandonando o magistério, preferindo se submeter a concursos públicos para outras áreas”, argumentou.



Bulhões alertou que levantamentos realizados com a chancela das Nações Unidas mostra que um professor do Ensino Fundamental percebe um rendimento médio anual equivalente a apenas 10% do que ganha um docente suíço. “Em diversas localidades no mundo, os rendimentos dos professores superam amplamente os valores pagos no Brasil. Enquanto aqui, na nossa maior cidade, este rendimento médio anual é de R$ 21 mil; em Toronto (Canadá), eles recebem 167 mil. Em uma lista das 73 maiores cidades do mundo, apenas 17 registram vencimentos menores que os de São Paulo. Entre as quais, Lima (Peru) , Nairóbi (Quênia), Manila (Filipinas) e Cairo (Egito). Imaginem a situação então em cidades menores e mais carentes do Brasil”, destacou.

Bulhões ressaltou que o governo federal anunciou, em janeiro deste ano, um reajuste de 22% no piso salarial dos professores, elevando-se em âmbito nacional o salário-base da categoria. “Mas, apesar do reajuste anunciado, frequentemente os governadores e prefeitos, que respondem pelas remunerações, alegam que não tem como efetuar os pagamentos do mínimo estipulado”.

Bulhões concluiu lembrando eu foi a valorização dos professores, dentro de uma política mais ampla de investimentos em educação, que possibilitou a transformação de países como a Coréia do sul, que deixou de ser uma sociedade rural para se tornar uma das economias mais dinâmicas da atualidade. “Sem investimentos essenciais para dotarmos o Brasil de uma educação de qualidade, entre os quais a remuneração digna do professor, não conseguiremos superar definitivamente as graves desigualdades que afetam a população brasileira”, advertiu.

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